É comum as marcas utilizarem um líder de opinião que possa influenciar na tomada de decisão dos seus públicos e quando seguem essa estratégia, as marcas deparam-se com muitas dúvidas. Quem escolher para as representar? Quem servirá para ser seu embaixador? Procura-se uma personalidade alinhada com o perfil da marca e analisa-se o fator de risco. Quando se aposta num influencer, quer seja uma celebridade ou blogger estamos a falar de pessoas e, as pessoas são humanas. Falham. E se essa falha pode afetar a nossa marca.

Quem não recorda o exemplo da Bárbara Guimarães que após terem vindo a praça pública o seu divórcio e processos conjugais foi abandonada pelas marcas (e não só) ou o famoso tweet dos D.A.M.A. que após terem sido alertados por uma fã por um erro ortográfico de português, “caíram-lhe em cima” como se fosse esta a cometer o erro na correção. Tiveram de eliminar o tweet e a seguir um pedido de desculpas na sua página de Facebook. Neste caso, estamos a falar de uma celebridade, mas será que as bloggers não estão imunes a este abandono? A Pepa Xavier (que já aqui recordámos) por causa do episódio do desejo de uma mala da Chanel para uma campanha da Samsung assinou o atestado de óbito do seu blog e até se diz que teve de emigrar.

Embora os efeitos sejam nefastos para as figuras públicas, sejam elas celebridades ou bloggers, as marcas também sofrem consequências e não vale a pena confiar que a memória é curta! Há danos irreparáveis e o foco das marcas deverá ser em construir reputação e não “porem-se a jeito” para terem de correr atrás do prejuízo para a reconstruir.

Então se os riscos são semelhantes, quem é mais influente? Bloggers ou celebridades?

A resposta não é como o resultado de uma partida de futebol de mata-mata, onde ganha um ou o outro. Esta depende da que melhor serve a estratégia das marcas, como exemplifica a pirâmide da Taktikee:

Se o objetivo for alcançar o maior número de pessoas as marcas deverão eleger o sentido ascendente da pirâmide. Se, por sua vez, pretende-se uma identificação mais próxima com as suas comunidades, o sentido descendente da pirâmide ganha mais pontos.

Quer as celebridades, quer os bloggers têm reconhecimento público e seguidores e a análise deve ser feita, tendo em conta:

  • Celebridades – a exposição mediática deve-se ao reconhecimento que têm em alguma área artística ou desportiva e que através dessa identificação têm muitos seguidores e, que forma inteligente vão alimentando as suas redes sociais, muitas vezes impulsionadas, pelos meios de comunicação tradicionais. A vantagem das celebridades é que os media têm mais interesse nestas figuras e estão mais disponíveis para lhes dar espaço. Por outro lado, quando as celebridades aparecem em espaços publicitários e/ou divulgam informação comercial têm menor credibilidade do que quando se referem às suas áreas de atuação (ex. ator, apresentador, futebolista, etc).
  • Bloggers – Bloggers, youtubers, snapchapers, iggers, etc são líderes de opinião que conseguem através dos seus conteúdos criar interesse para um grande número de pessoas que procuram segui-los para onde quer que eles vão (na rede). O seu palco são os seus blogs ou canais e temos de considerar que podem não estar tão preparados para uma exposição mediática que vá além desta sua zona de conforto, a sua “casa” (leia-se o seu canal), para serem expostos aos meios. Estas figuras são tidas como mais próximas das suas comunidades e com quem mais facilmente estas se identificam, do que uma celebridade. Quando o objetivo é criar temas de discussão nas redes sociais eles são a opção com melhores resultados.

 

Independentemente do tipo de influenciador que as marcas escolham, devem analisar a importância dos seus canais digitais onde serão transmitidas as suas mensagens. Também terão de ter em conta que estas decisões devem ser integradas na estratégia da marca, pois não se pode esperar que só por ser mencionado ou recomendado nos canais destes líderes de opinião se obtém um retorno imediato em vendas. Estas decisões fazem parte de uma estratégia de RP que procura um efeito contágio, o chamado “boca-a-boca”, através da conquista de credibilidade e reputação para a marca.

Então quem dá mais às marcas como líder de opinião? A escolha terá de recair no que se adequar melhor à estratégia da marca.

Fonte: http://www.taktikee.com/sobre-influenciadores-digitales-celebridades-vs-lideres-de-opinion-en-la-red/