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Porque cada vez mais as pessoas seguem pessoas. Porque nem tudo o que aprendemos na universidade se verifica: o meio não é a mensagem, como nos disse o senhor McLuhan, o meio é a pessoa! Porque entre marcas e pessoas, estas últimas ganham vantagem. Porque as marcas têm uma identidade e têm de defendê-la.

Na arena da visibilidade, as marcas claramente “perdem” para as pessoas. Se compararmos os seguidores de marcas poderosas, relevantes e que investem milhões de euros na conquista de notoriedade a pessoas, como por exemplo, influencers que recomendam os seus produtos, claramente as marcas ficam a perder ao nível da relevância. Ora vejamos, a página de YouTube da L’Oreal Paris Portugal tem quase 14.500 subscritores. A blogger Maria Vaidosa tem mais de 215.000.

As marcas têm um DNA próprio, uma personalidade que as distingue e que quem cuida, trabalha e vive as marcas tem de respeitar. A sua reputação exige que se trabalhe afim de manter a sua identidade e escutar ativamente o que possa por em causa a mesma. Essa escuta permite ainda antecipar tendências, soluções e inclusive dar oportunidade às marcas de se lançarem em novos voos. Ouvir o que dizem sobre nós deixa-nos melhor preparados para o que aí vem. Passemos a um exemplo, – a Adidas. Para mim a Adidas é (uma “pessoa”) desportista, elegante, casual chique, arisca e que arrisca, simpática, jovial, destemida, cool. Está como o vinho, a melhorar com a idade, mas a saber-se adequar às novas “castas”, ou seja, às mudanças geracionais. Descontraída por natureza, também consegue causar sensação num fato formal e elegante, abrilhantada com um batom rouge que nunca deixa ficar mal. Para ela, não há impossíveis – e a confiança é o seu middle name – impossible is nothing. Por isso consigo ir buscar ao baú ou comprar novas relíquias que voltaram a estar a na moda (como uns Gazelle, Superstar ou Stan Smith).

E é neste registo que a Adidas fala comigo. Mas se de repente, a Adidas muda de personalidade e passar a ser receosa, desadequada, desleixada, «foleira» ao invés de elegante, vou assumir que ela sofre de bipolaridade e vai-me deixar de pé atrás. Porque “impossible is nothing” é uma criação estratégica, não é mesmo para levar a esse limite!

Quando uma pessoa conquista relevância e tem boa reputação consegue ser bem referenciada. Nós só “nos atravessamos” por alguém quando confiamos, certo? E é essa ideia que devemos transpor para as nossas marcas. Quem é que está disposto a “atravessar-se” por uma marca ou por uma pessoa ao ponto de a recomendar?

O verdadeiro fã. Aquele que acredita que não vai sair mal visto. Através da recomendação conseguimos converter novos fãs da marca, ou da “sua pessoa”. Vejamos o exemplo do Neymar que marcou o próprio corpo com uma marca, ao tatuar o logótipo do Jogos Olímpicos do Rio 2016 no próprio corpo. Vocês fariam isso?

E, não devemos esquecer que as marcas e a respetiva identidade têm nas pessoas que trabalham nela o seu activo mais importante. Por isso voltamos ao início – “cada vez mais as pessoas procuram pessoas”. É mais fácil relacionarmos com os canais digitais de pessoas do que com os das marcas. Quando saímos de uma reunião e estamos interessados num projeto quem é que procuramos? A pessoa que esteve connosco ou a marca/empresa onde ela trabalha? Diz-nos a experiência, que será a pessoa, na maioria das vezes.

Por isso é tão importante trabalhar a “impressão digital” da marca, por um lado, e não menos importante, a dos profissionais que nela e para ela trabalham de forma a desenhar a sua comunicação adequada, credível e coerente. É a isso que chamamos criar ou desenvolver a identidade digital de cada embaixador da marca. Esse trabalho deve começar pela liderança com o objetivo de contagiar cada um dos seus colaboradores para que estes possam ganhar com a marca e dar a ganhar à marca. E é por isso que esperamos que agora deixe de pensar no quê e passe a pensar em quem quando fala da “sua” marca.

Sobre identidade digital, voltamos a falar brevemente neste blog bem perto de si.